segunda-feira, 26 de abril de 2010
1ª Pesquisa de Conjuntura Econômica do setor de restaurantes
O setor, que engloba 2 milhões de estabelecimentos e emprega 6 milhões de pessoas, movimentou R$ 65,2 bilhões em 2009.
Houve crescimento de 13,8% de 2007 para 2008. A pesquisa dividiu os estabelecimentos em restaurantes independentes (22%), redes independentes (22%) e redes de franquias (56%).
Os restaurantes independentes têm preço médio de refeição mais alto, de R$ 69 a R$ 73 e, de 2008 para 2009, tiveram queda de 8,3% no público.
Como resultado desse movimento, redes independentes, com preço médio de R$ 42 a R$ 44, e redes de franquias, média de R$ 16 a R$ 17 por refeição, tiveram aumento de faturamento de 9,7% e 8,5%, respectivamente, mostrando a migração dos clientes para refeições mais baratas e reforçando a idéia de que houve desaceleração nos negócios por causa da crise.
Também houve queda de 5,4% no número de funcionários. A notícia boa é que 94,4% dos pesquisados afirmaram querer aumentar os investimentos em 2010.
Por último, o estudo indagou qual era o maior desafio dos restaurantes. O maior de todos é o custo da matéria-prima. Os encargos tributários ocupam o segundo lugar na preocupação dos empresários, e em terceiro ficam os custos trabalhistas.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Brasília abre o Festival Gastronômico 'Brasil Sabor'
As sugestões dos chefes, com o melhor da culinária brasiliense, serão comercializadas por valores especiais, que vão de R$ 16,10 a R$ 42,40. Outro atrativo do festival é o ‘Circuito Gourmet’, no qual o cliente, depois de degustar seis pratos identificados com por um selo colado num minicardápio, poderá repetir a receita que mais lhe agradou. Confira a lista dos estabelecimentos participantes no site: www.brasilsabor.com.br
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Dieta pode incluir pão sem quilos a mais
Com capacidade para manter a saciedade cerca de 3 horas, o pão pode ser integrado numa alimentação saudável sem receio de engordar.
Se for fabricado com uma farinha equilibrada ou mistura de farinhas tem nutrientes interessantes, como fibra, vitaminas, minerais e, sobretudo, amido. Este hidrato de carbono de absorção lenta demora mais a digerir e mantém a saciedade cerca de 3 horas.
Alguns profissionais de saúde com menos formação na área alimentar aconselham a rejeitar o pão ou substituí-lo por tostas ou bolachas integrais. Mas é um erro: 50 g de pão equivalem a 4 bolachas e o primeiro é mais saciante e interessante ao nível nutricional. O consumo deste alimento deve mesmo ser incentivado face a bolachas, tostas e croissants, que podem ser ingeridos frequentemente ao longo do dia sem afastar a sensação de fome.
O segredo é escolher um bom pão e consumir a quantidade adequada às necessidades. A mulher portuguesa, que precisa de cerca de 2000 kcal, pode comer, em média, 2 pães por dia. Deve guardá-los para as refeições intercalares (merenda ou lanche) e escolher o que apresenta menos sal. Muitas padarias já vendem produtos com meio-sal.
O pão mais escuro tem uma composição mais rica. O de forma embalado pode ser prático, por exemplo, para o lanche escolar das crianças, mas não deve ser consumido todos os dias. A PROTESTE analisou-o e verificou que algumas marcas contêm gorduras saturadas em excesso, prejudiciais para a saúde. E, no geral, oferece um sabor pobre face ao pão tradicional.
Este é fabricado com farinha de trigo, milho, centeio ou triticale (híbrido de milho e centeio), água, sal e fermento. O pão especial, que abrange o de forma pré-embalado, pode incluir outros ingredientes, como, por exemplo, leite, ovos, manteiga, gordura e óleos. Os elevados teores de humidade, que conferem a textura mole, exigem aditivos para conservar por um período mais alargado.
Quem prefere confeccionar em casa já não tem de passar longas horas a amassar. Com pouco mais de 50 euros, pode comprar uma máquina e ter pão fresco todas as manhãs, com qualidade e variedade. Após juntar os ingredientes, só tem de seleccionar o programa.
As máquinas podem confeccionar pão branco, integral, de forma, broa de milho e até doce. Os apressados têm à disposição programas para cozer mais depressa. É ainda possível definir o grau de cozedura: claro, médio ou escuro. O tamanho varia com as receitas, programas e forma do aparelho.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Novas especificações para trigo devem revolucionar mercado
Portaria deve evitar que qualidades distintas de trigo se misturem nos armazéns
Brasília - Em poucos dias, o Ministério da Agricultura deve publicar portaria redefinindo as classificações de qualidade do trigo que poderá ser adquirido pelo governo federal em seus programas de apoio à comercialização. Segundo o coordenador-geral de Cereais e Culturas Anuais do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese, a nova classificação se aproxima mais das exigências do mercado.
"A portaria antiga de classificação da qualidade do trigo é de 1991. O que entra nos armazéns públicos hoje como de qualidade pode não ser aceito pelo moinho como tal, então, há dificuldade de grandes lotes bons para comercializar. A nova portaria é revolucionária", explicou Farnese.
A portaria aumentará também a diferença entre o valor pago pelo trigo de melhor qualidade, usado na fabricação de pães, e os demais, para bolos, biscoitos e outros produtos. Para Farnese, a medida incentivará a produção e deve levar o país a uma colheita de até 7 milhões de toneladas de trigo por ano nas próximas safras, cerca de 70% do consumo interno.
O Brasil produziu, nos últimos dez anos, uma média de 4,5 milhões de toneladas de trigo anualmente. Como o consumo dos brasileiros é de pouco mais de 10 milhões de toneladas, a dependência das importações foi de 55%, atingindo o pico de 78% na safra 2006/2007. Além dessa defasagem, apenas 50% da farinha derivada do trigo colhido no país atendem aos requisitos para a fabricação de pão, enquanto a proporção total destinada a esse fim é de 65%.
A ampliação da diferença de preços, segundo Farnese, deve aumentar a proporção de trigo tipo pão produzido pelos triticultores brasileiros. Há um ano, foram estabelecidos os preços mínimos de R$ 441 por tonelada do trigo tipo brando, considerado de pior qualidade, de R$ 530 para o tipo pão e de R$ 555 para o tipo melhorador. Esses valores já representaram um distanciamento maior entre os valores de cada qualidade de trigo e, segundo o Ministério da Agricultura, mostraram resultado.
A classificação utilizada atualmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a compra de trigo leva a outro problema, além de não ser bem aceita pelo mercado. Segundo especialistas, quando um trigo de melhor qualidade é misturado com um de pior, todo o volume passa a ser classificado com o padrão inferior, desvalorizando-se. "A portaria vai equiparar nosso produto a uma referência internacional", afirmou o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Silvio Porto.
Para o especialista em mercados Marco Olívio Morato de Oliveira, da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a nova portaria deve levar ao uso mais eficiente dos armazéns, para que não sejam misturadas qualidades distintas de trigo. Ele também considera que haverá um ajuste da produção à realidade do mercado, mas ressalta que é necessária uma aproximação maior dos centros de pesquisas com os produtores, além de investimentos em logística, para que o trigo nacional seja competitivo.
"A mudança é positiva, é uma necessidade que todos os elos da cadeia sentiam. O que preocupa é a logística de transporte, como investimentos em navegação de cabotagem, e a oferta de variedades de trigo adaptadas ao nosso clima", afirmou Oliveira.